segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Até sempre


Caros amigos,

Venho por este meio suspender, por tempo indeterminado, a minha actividade neste blogue.
A partir desta data, podem acompanhar-me na minha página do Facebook. https://www.facebook.com/autora.fatimadoliveira/, que desde já vos convido a conhecer: se possível, gostem da mesma e comentem-na.

Obrigado




sábado, 11 de agosto de 2018

Nomes, conceitos, significados & definições


Há pessoas simplesmente... más.
E de nada a vale a pena negar.
Por muito que procurem razões ou inventem desculpas para tal, a verdade, nua, dura e crua, é que as há.
E eu, melhor do que ninguém, devia sabê-lo.
Porque eu sou uma delas.

O meu nome não interessa, mas posso-vos dizer que, ao contrário do que possam pensar, a minha infância foi muito feliz, recheada de amor e carinho, sem marcas nem traumas, com a minha família.
Também nunca senti a mínima inclinação para fazer mal a animais. Pelo que tenho lido, ouvido e visto, é por aí que começam as primeiras manifestações dessa tal… característica. Já comigo, não foi assim: nem pouco, mais ou menos. Eu até sempre gostei muito de animais e desde sempre preferi a companhia dos ditos cujos a algumas pessoas.
Outra coisa que não posso dizer é que o, vamos lá, mal escondido em mim sempre cá esteve, latente, bem cá no fundo e que o mesmo foi crescendo, germinando lentamente dentro de mim, qual cerejeira em flor.
Na verdade, aconteceu de repente. Num dia (se belo ou não, não sei: já não me lembro), devia eu ter à volta de uns 17 anos, ia eu muito bem a caminho da escola quando, sem dizer água vai, de repentemente me deu vontade de fazer mal a alguém. Mas mal mesmo, a sério. E não pensem que foi só uma daquelas manias, pancadas que quando batem, batem forte, mas batem só uma vez. Não. Quando aquilo me deu, deu para ficar. Permanentemente.
O pior que já fiz?
Bom, assim de repente, tenho que dizer que foi quando tirei aquela vida. Matei só porque me apeteceu. E se querem que vos diga, gostei. Gostei de sentir aquela força vital, essência de ser e sentir, a esvair-se lentamente, escorrer como grãos de areia entre os meus dedos poderosos e triunfantes. Sabem, o tal mal, maldade, malevolência, maleficência, chamem-lhe o que quiserem.
São muitos os que acham que a minha pessoa está avariada ou mesmo partida. Permitam-me discordar. Ou então há aqueles que inventam nomes e conceitos para nos caracterizar e definir e, ao mesmo tempo, se sentirem melhor com eles próprios: psicopatia, sociopatia, ou ainda outra anomalia qualquer. Mas não, nada disso: eu… sou apenas eu. Assim mesmo. Por inteiro.


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Gato escondido


Chamem-me Aristides, já que é esse o nome por que sou conhecido. Pelo menos, nos círculos onde me movo.
Sou profissional, mas não tenho nada que o prove, nenhum documento.
Ainda pensei em sindicalizar-me, mas não há sindicatos para a minha profissão.
O que eu faço, o trabalho a que me dedico, profissionalmente falando é claro, é aquilo a que eu gosto de chamar uma profissão clandestina: esforçam-se por fazer de conta que não sabem dela, mas todos sabem que existe.
Até há bastante trabalho – mais do que possam imaginar –, mas o mais difícil é, adivinharam, encontrá-lo e assegurá-lo…
Não é como se eu pudesse ir a um Centro de Emprego inscrever-me, ou pôr um anúncio no jornal… Não é assim que funciona.
Quer-se dizer, ser, até é – pelo menos, no que toca a jornais.
Realmente, a coisa funciona com um anúncio de jornal a publicitar os meus serviços.
Só que isso nunca é feito directamente, às claras; é antes por código, às escondidas. Mas quem realmente me quer achar, sabem onde me descobrir. Se forem ver nos anúncios classificados, de certeza que me vão me vão encontrar. Têm é que saber o que e onde procurar.
Se bem que, nos dias de hoje, com a ascensão das redes sociais e o poder da Internet, os anúncios classificados já estão a ficar um tanto ou quanto obsoletos; mas não completamente fora de moda, pois ainda são muitas as pessoas que não têm computador – seja por opção, seja por necessidade; ou mesmo tendo computador, optam por não fazer uso das redes sociais.
Para cobrir todas as bases, por assim dizer, estou em todo lado: faço questão de manter um anúncio classificado nos principais jornais e revistas (o que não me sai nada barato, mas é como já lá diz o provérbio: cada um colhe o que semeia) e também estou presente nas redes sociais.
Mas nunca dou a cara. Quero com isto dizer que não há fotografias minhas. Sim, porque isto de manter o anonimato é de vital importância para a minha linha de negócio. Então, por norma uso fotografias de gatinhos. Ou cachorrinhos. Algo querido, fofo, inocente e inofensivo.
E lá por nunca dar um ar da minha graça, isso não quer dizer que eu não promova os meus serviços. Porque eu faço-o – discretamente, mas faço-o.
Porém, verdade seja dita, a qualidade do meu trabalho fala por si só.
Mas quem realmente me quer encontrar para encomendar os meus serviços, sabe muito bem onde me procurar.
Só têm que o fazer. Eu agradeço.