sábado, 11 de agosto de 2018

Nomes, conceitos, significados & definições


Há pessoas simplesmente... más.
E de nada a vale a pena negar.
Por muito que procurem razões ou inventem desculpas para tal, a verdade, nua, dura e crua, é que as há.
E eu, melhor do que ninguém, devia sabê-lo.
Porque eu sou uma delas.

O meu nome não interessa, mas posso-vos dizer que, ao contrário do que possam pensar, a minha infância foi muito feliz, recheada de amor e carinho, sem marcas nem traumas, com a minha família.
Também nunca senti a mínima inclinação para fazer mal a animais. Pelo que tenho lido, ouvido e visto, é por aí que começam as primeiras manifestações dessa tal… característica. Já comigo, não foi assim: nem pouco, mais ou menos. Eu até sempre gostei muito de animais e desde sempre preferi a companhia dos ditos cujos a algumas pessoas.
Outra coisa que não posso dizer é que o, vamos lá, mal escondido em mim sempre cá esteve, latente, bem cá no fundo e que o mesmo foi crescendo, germinando lentamente dentro de mim, qual cerejeira em flor.
Na verdade, aconteceu de repente. Num dia (se belo ou não, não sei: já não me lembro), devia eu ter à volta de uns 17 anos, ia eu muito bem a caminho da escola quando, sem dizer água vai, de repentemente me deu vontade de fazer mal a alguém. Mas mal mesmo, a sério. E não pensem que foi só uma daquelas manias, pancadas que quando batem, batem forte, mas batem só uma vez. Não. Quando aquilo me deu, deu para ficar. Permanentemente.
O pior que já fiz?
Bom, assim de repente, tenho que dizer que foi quando tirei aquela vida. Matei só porque me apeteceu. E se querem que vos diga, gostei. Gostei de sentir aquela força vital, essência de ser e sentir, a esvair-se lentamente, escorrer como grãos de areia entre os meus dedos poderosos e triunfantes. Sabem, o tal mal, maldade, malevolência, maleficência, chamem-lhe o que quiserem.
São muitos os que acham que a minha pessoa está avariada ou mesmo partida. Permitam-me discordar. Ou então há aqueles que inventam nomes e conceitos para nos caracterizar e definir e, ao mesmo tempo, se sentirem melhor com eles próprios: psicopatia, sociopatia, ou ainda outra anomalia qualquer. Mas não, nada disso: eu… sou apenas eu. Assim mesmo. Por inteiro.


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