terça-feira, 13 de maio de 2014

13 de Maio de 2014


Hoje é dia 13 de Maio de 2014, uma Terça-feira.
O dia 13 de Maio é o 133.º dia do ano, no calendário gregoriano (134.º em anos bissextos).
Assinala-se o Dia de Nossa Senhora de Fátima, pois foi nesta data, no ano de 1917, que teve lugar a 1.ª aparição de Fátima.

Por vezes, ponho-me a pensar – sim, é verdade: eu também penso… Por vezes eu sei que pode não parecer, mas sim, eu penso… Só não sei se logo existo, mas hei, só sei que nada sei, não é assim?... – e dou por mim a olhar para todas as publicações no Facebook referentes a Deus, Jesus, Nossa Senhora e mais que tais. Uma coisa, me salta à vista: são fruto de uma fé profunda, inabalável. E dou por mim a desejar ser como essas pessoas. Na verdade, quase que invejo essas pessoas. Porque eu queria mesmo ter essa fé, algo a que me agarrar. Quem sabe assim seria tudo bem mais fácil…
Infelizmente, sou acometida de um realismo feroz, um pragmatismo gritante, um cinismo assustador.
E não sou capaz dessa fé, pois levantam-se sempre demasiadas questões.
É certo que podia simplesmente fingir que era inundada por tal fé… quem saberia a verdade?
Eu saberia.
E isso, para mim, não.
Não, não.
Fingir, não.

Mas eu gostava mesmo de ter fé, acreditar pia e profundamente em algo, ou alguém, maior.

Quer-se dizer…
Acreditar, até acho que acredito.
Só não sei bem em quê, ou quem.

Acho que é por isso que eu não tenho muita, vamos lá, esperança.

Eu passo a explicar melhor: tenho uma doença rara (não se assustem, que não é contagiosa), incurável e progressiva, de origem genética. A saber, Ataxia de Friedreich – nome pomposo, não?
Seja como for.
O porquê da doença, já se sabe, mas não se assustem, que eu não me vou pôr para aqui a debitar aspectos técnicos e científicos.
O que ainda não se sabe é como reverter o processo. Nem sequer parar.
Há muita gente, à volta do mundo, a trabalhar para descobrir uma cura e/ou tratamento – eu sei e sei-o bem.
E acredito que um dia, mais cedo ou mais tarde, isso vai, inevitavelmente, acontecer – já lá diz o povo, água mole em pedra dura…
Mas cá para mim, na parte que me toca, também acredito que vai ser mais tarde…
Mas isto sou só eu.
E o meu desabafo num sussurro gritante sentido, pensado… e escrito.


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